A Santa Casa de Campo Grande vive mais um capítulo de sua crise financeira e acionou o Governo do Estado e a Prefeitura da Capital para discutir a renovação do convênio do SUS (Sistema Único de Saúde), que garante o repasse de recursos ao hospital. A direção solicitou uma reunião urgente com o governador Eduardo Riedel (PP) e a prefeita Adriane Lopes (PP), e ainda foi à Justiça pedir R$ 45 milhões.
Administradora do hospital, a ABCG (Associação Beneficente Santa Casa de Campo Grande) afirma que o convênio vem sendo apenas prorrogado desde agosto de 2023, sem qualquer reajuste — o que tem agravado as dívidas com fornecedores e prestadores de serviço.
“Diante desse contexto, o hospital acumula dívidas com fornecedores e prestadores de serviço, comprometendo a capacidade de manter os atendimentos essenciais à população”, destacou a instituição em nota oficial.
Atualmente, o contrato gira em torno de R$ 32,7 milhões, valor considerado insuficiente para cobrir os custos da unidade, responsável por mais de 55% da demanda hospitalar da Capital. A Santa Casa pede a atualização para R$ 45,9 milhões mensais, com recomposição retroativa dos valores não reajustados nos últimos dois anos.
Na semana passada, a Justiça determinou que Estado, Município e hospital têm 30 dias para elaborar e assinar um novo contrato, mas negou o pedido de reajuste imediato no valor solicitado.
O juiz Cláudio Müller Pareja, responsável pelo caso, ainda não analisou o mérito da ação. Enquanto isso, a crise financeira se aprofunda: funcionários já chegaram a paralisar atividades por falta de pagamento, conforme reportagens anexadas ao processo.
0 comentários