Campo Grande encerrou o mês de setembro com alta de 0,55% no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (9). O resultado representa um avanço de 0,83 ponto percentual em relação a agosto, quando o município registrou deflação de -0,28%.
Na comparação com setembro do ano passado (0,58%), a inflação apresentou leve queda de 0,3 p.p. No acumulado dos últimos 12 meses, Campo Grande registra inflação de 4,64%, abaixo da média nacional (5,17%), mas acima dos 4,45% dos 12 meses anteriores. No ano, o IPCA acumula alta de 2,82% em Mato Grosso do Sul.
Panorama nacional
No Brasil, o IPCA de setembro ficou em 0,48%, revertendo a deflação de agosto (-0,11%). Com isso, a inflação acumulada em 2025 chegou a 3,64%. Segundo o IBGE, o aumento foi impulsionado principalmente pela alta da energia elétrica residencial, que também teve forte impacto em Campo Grande.
Energia elétrica impulsiona o grupo Habitação
O grupo Habitação teve a maior variação entre os nove setores analisados em Campo Grande, com 3,10% de alta e impacto de 0,47 p.p. no índice geral.
A principal influência veio da energia elétrica residencial, com alta de 8,85%. O resultado é atribuído ao fim do Bônus de Itaipu, que havia reduzido as contas em agosto, e à bandeira tarifária vermelha patamar 2, que adiciona R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos.
Outros subitens com alta no grupo foram aluguel (0,56%) e mão de obra (0,64%). Entre as quedas, destaque para gás de botijão (-0,17%) e tinta (-0,59%).
Alimentação segue em queda pelo quinto mês
O grupo Alimentação e bebidas teve nova queda (-0,53%) e acumula cinco meses consecutivos de recuo. O resultado foi puxado pela alimentação no domicílio (-0,76%), com forte redução nos preços de alimentos como:
- Cebola (-21,99%)
- Tomate (-12,74%)
- Batata-inglesa (-11,74%)
- Laranja-pera (-10,36%)
- Alho (-9,23%)
- Mandioca (-8,17%)
“O grupamento dos alimentos para consumo em casa segue com variações negativas, dada a maior oferta dos produtos”, explicou Fernando Gonçalves, gerente do IPCA em MS.
Saúde e cuidados pessoais sobem 0,63%
O grupo apresentou alta pelo terceiro mês consecutivo. Destaques positivos para psicotrópicos e anorexígenos (3,05%), vitaminas e fortificantes (2,75%) e dermatológicos (2,6%).
Entre as quedas: anti-inflamatórios (-2,43%) e óculos de grau (-1,83%).
Gasolina e transporte por app pressionam o setor
O grupo Transportes teve alta de 0,26%, com destaque para gasolina (0,48%) e transporte por aplicativo (7,99%). Já as passagens aéreas caíram 3,51%.
Educação e Comunicação
A Educação teve leve alta de 0,08%, o décimo mês seguido de variação positiva. Já Comunicação apresentou queda de -0,05%, puxada pelos preços menores de aparelhos telefônicos (-0,74%).
INPC também registra alta
O INPC subiu 0,52% em setembro e acumula 3,62% no ano. A maior variação regional foi em Vitória (0,98%), enquanto Salvador (0,16%) registrou o menor índice.
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