Vale night com hora pra voltar: quando sair é se reencontrar
Ela esperou por esse momento.
Dias, semanas… talvez meses.
Combinou com as amigas.
Escolheu a roupa.
Passou um batom — de verdade, não o hidratante com cor.
E saiu.
A tão sonhada vale night finalmente aconteceu.
Mas aí, lá pelas 22h, veio a constatação:
o corpo não acompanha mais o mesmo ritmo.
É um misto de liberdade e exaustão.
O som alto incomoda.
O salto aperta.
A cabeça — que antes sabia a playlist da balada —
agora calcula quantas horas de sono ainda dá pra ter.
É liberdade com data, hora…
e uma dose generosa de cansaço acumulado.
Depois da maternidade, o “curtir a noite” muda.
Nem sempre tem pista de dança.
Às vezes, o auge da diversão é tomar um drink em paz.
Ou não precisar dividir a batata frita.
A energia já não é a mesma.
Mas o valor da experiência é outro:
se reencontrar fora do papel de mãe.
Mesmo que por poucas horas.
E tá tudo bem.
Tá tudo bem não virar a noite.
Tá tudo bem sair e voltar cedo.
Tá tudo bem nem sair, se não quiser.
O vale night é sobre isso:
se reconectar com quem você também é.
Além das mamadas.
Além das fraldas.
Além da rotina puxada.
Mesmo que rapidinho.
Mesmo que só pra lembrar
que ainda existe uma mulher ali.
Se você saiu, voltou cedo,
mas se sentiu viva:
missão cumprida.
0 comentários