Direita de Campo Grande organiza adesivaço em apoio a sanções contra Alexandre de Moraes
A ala bolsonarista da capital sul-mato-grossense realiza nesta quarta-feira (30), às 17h, um adesivaço em frente ao Ministério Público Estadual, na Avenida Afonso Pena, esquina com a Rua Alagoas. O ato é uma forma de comemorar as novas sanções dos Estados Unidos contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes, impostas com base na Lei Magnitsky.
A medida foi anunciada pelo governo norte-americano, sob liderança de Donald Trump, e inclui a proibição de entrada nos EUA e o bloqueio de bens e contas bancárias do magistrado. Segundo comunicado da Casa Branca, a penalidade tem ligação direta com o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), investigado por tentativa de golpe de Estado.
Esta é a primeira vez que a Lei Magnitsky — criada em 2012, no governo de Barack Obama — é aplicada contra uma autoridade de um país considerado democrático. Tradicionalmente, a norma é direcionada a envolvidos em corrupção ou violações severas de direitos humanos.
A repercussão tem mobilizado apoiadores de Bolsonaro em várias partes do país. Em Campo Grande, a direita local já realizou adesivaços anteriores, e para o próximo domingo (3), está marcado um buzinaço na Praça do Rádio.
As manifestações ocorrem em meio a um cenário de tensão diplomática: o atual governo norte-americano anunciou um tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, sob justificativa de violações democráticas no país. O decreto foi assinado nesta quarta e pode provocar impactos bilionários na economia nacional.
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